domingo, 12 de fevereiro de 2012

Fazes-me Falta - Inês Pedrosa






Inês Pedrosa nasceu em Coimbra a 15 de Agosto de 1962, além de escritora é ainda jornalista.

Publicou o seu primeiro texto na revista Crónica Feminina em 1975 com 14 anos.

Licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e passou por vários jornais.




Há pessoas que têm a aptidão de escrever num simples pedacinho de papel todos os pensamentos e sentimentos que deambulam dentro de cada um de nós.

O livro Fazes-me Falta é exactamente essa deambulação. É um romance passado no Portugal Contemporâneo, que homenageia o amor e a amizade, sendo contado em duas vozes.

Uma delas a de alguém que acaba de morrer e que vai contra a celebre frase “Descanse em paz”. É uma alma que se perdeu pelo tempo e não consegue encontrar a tão esperada eternidade.

A segunda voz é a de alguém que sofreu a perda dessa alma, uma pessoa que era um complemento de si mesma. Esta pessoa viaja pelas dores da ausência, da saudade, do amor, do silêncio, em interrogações sobre o egoísmo da morte, que nuns casos avisa e noutras não há sinal à vista.

Mas este livro não é um livro de respostas que nos possam ocorrer sobre a vida e a morte. Mas sugere-nos sim que façamos uma pausa na nossa vida e que reflictamos: amamos as pessoas como devemos enquanto podemos? Isto é inevitável, se nos apercebermos que não tarde demais.

Fazes-me falta entrelaça assim a história de uma amizade apaixonada, debruçando-se sobre a vida e a morte num romance cheio de poesia que nos faz transcender ao universo dos sentimentos imortais.

Como disse Vítor Quelhas (in Expresso) sobre o romance mais badalado de Inês Pedrosa é «Um belo romance, com vontade de mudar o mundo»


Citações:

«Então, num momento completamente louco, desvairada, passei-me da cabeça e pedi-lhe para experimentar um bocado, só para ver que efeito aquilo tinha.»

«Vou parar de escrever. Dói-me a mão, dói-me o corpo, dói-me o pensamento. Dói-me a coragem que não tenho.»

« …o ano passado, nunca imaginei que fosse tão fácil uma pessoa passar-se para o lado de lá, o lado para onde tu passaste, o lado que eu sabia que era ERRADO!»

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