terça-feira, 1 de maio de 2012

O Futuro do Jornalismo - Ciberjornalismo


Desde sempre existirão revoluções e inovações que alteraram a forma e o pensamento da sociedade e do mundo. Passamos por várias revoluções industriais que sempre nos trouxeram mais e melhor tecnologia.
Hoje, a meio do século XXI damos-nos conta do quanto toda essa evolução modificou as várias gerações e o quanto a nossa geração é diferente das anteriores, e como a geração seguinte será muito mais evoluida e inovadora que esta.
Com tudo isto coloca-se uma questão, que parece fulcral.... Qual o futuro do jornalismo nas gerações seguinte e até ao fim da nossa?
Pois é, nem todos paramos 5 minutos para pensar e debater sobre este tema, mas a verdade é que está na ordem do dia, principalmente para os estudantes de Comunicação Social e todos os intervenientes.
Parece-me que o facto de a Internet fazer já parte da nossa vida, está a conseguir, de certa forma, "controlar-nos" e a afectar tudo e todos à nossa volta, desde as relações que estabelecemos com o mundo que nos rodeia, como a facilidade de encontrar informação e até mesmo a forma de ler as notícias.
Deixámos de parar no nosso quiosque habitual para comprar o jornal, sentarmo-nos de manhã numa esplanada a beber o nosso café matinal e a folhear as novidades que os jornais nos trazem todos os dias. Nos tempos de hoje, já não ficamos com os dedos meios cinzentos das folhas do jornal, não temos peso na mala, nem sequer necessitamos de lamber os dedos para mudar de página; hoje basta-nos um simples clique para acedermos a um vasto leque de sugestões, novidades, notícias e a constantes actualizações. Passamos os olhos por meia dúzia de linhas e acabamos por saber tudo sobre Lisboa, Portugal, a Península Ibérica, a Europa e todo o Mundo!
As fronteiras estão diluídas, já não sabemos onde começa cada cultura, cada notícia; estamos de tal forma incorporados noutras culturas e no Mundo que nos perdemos a nós próprios.
O jornalismo está agora online, chamamos-lhe "Ciberjornalismo", ou seja, o jornalismo com uma linguagem simples e limpa, capaz de chegar a todo o tipo de classes, um jornalismo onde reina a hipertextualidade, interactividade.
Contudo, há princípios básicos que não mudam, como o compromisso do jornalista para com a verdade; o jornalismo servir os cidadãos; a independência dos jornalistas face às pessoas e assuntos que cobrem; transmissão de mensagens de forma simples de modo a que todos as consigam perceber.


“Em vez da anarquia jornalística ou da informação amordaçada, procuro um equilíbrio que preserve o que o sistema actual tem de melhor e estimule o emergente jornalismo de publicação pessoal, o do futuro (…) perfeitamente ao nosso alcance. A possibilidade de qualquer um produzir informação dará voz a pessoas que a não têm tido” 1

Em suma, "A escrita para os novos meios é, provavelmente, o aspecto que mais separa os jornalistas digitais dos tradicionais e aquele que terá ainda de percorrer o mais longo caminho até uma definição rigorosa da narrativa digital. Afinal, é só mais uma ruptura trazida pela emergência do género de jornalismo, que contrasta com o tradicional na actualização noticiosa contínua, no acesso global à informação, na reportagem instantânea e na personalização dos conteúdos."2

Já tiraram os vossos 5 minutos para pensar nesta questão? Qual a tua opinião em relação ao futuro do jornalismo no mundo e em Portugal?




1-D.Gillmor (2005) Nós os Media. Lisboa: Presença, p.19
2- Bastos, Helder, Ciberjornalismo e Narrativa Hipermédia,
http://prisma.cetac.up.pt/artigospdf/ciberjornalismo_e_narrativa_hipermedia.pdf

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