segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Coração que nos guia

Senti-o pela alma acima, senti-o vibrar, o seu odor, o sorriso, o doce brilhar do seu pequeno olhar, tudo se enlaçava em mim à medida que se aproximava. Era como se estrelas brilhassem, sininhos tocassem a mais bela canção sobre mim e não existisse mais ninguém, naquele momento, no universo que me pudesse deter. Vi-o virar-se lentamente, vi-o cada vez mais perto, como se não houvesse mais um instante a perder, como se algo nos ligasse já há muito tempo e que sem sabermos nos guiou um até ao outro. Foi estranho, mas acabou por acontecer, não eram apenas entoações sonoras que eu ouvia, eram melodias de que ama e sabe o caminho que tem de seguir. O seu toque, o céu, a lua, por ensejos não existiam limites e eu sentia-me pequena nos braços de alguém tão grande. A verdade é que quando o momento chega, nada o pode contender, o coração parece detonar-se por si só e na eloquência do mundo apenas dois seres interessam, dois seres que formam unanimemente um. 

Não são precisos mapas, o coração acaba por nos guiar.

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