terça-feira, 4 de dezembro de 2012

SMS: 20 anos depois…



Neil Papworth nunca imaginou que seria o primeiro a enviar a primeira mensagem, muito menos que esta viria a ser um dos principais meios de comunicação.



A primeira SMS (short messaging service) foi enviada há 20 anos com o texto «Bom Natal» quando Neil Papworth, recorrendo ao uso de um computador, desejou-o a Richard Jarvis que usava um telemóvel Orbitel 901 da rede Vodafone UK a 3 de Dezembro de 1992.
No início, enviar um SMS era gratuito, dada a reduzida quantidade de informação enviada num SMS: 128 caracteres, em linguagem de telemóvel são 128 bytes, o que não chega sequer para iniciar uma conversa de voz.
20 anos depois, apenas 20 anos, as SMS são o serviço mais banal que existe, digamos que uma evolução dos antigos ‘toques’. Antes dava-se um ‘toque’ para dizer que se chegou a algum lado, que recebemos isto ou aquilo, que estávamos à espera ou apenas «liga-me». Hoje em dia, as SMS tomaram esse lugar: «Liga-me», «já cheguei», «desce», «já recebi isto ou aquilo» deverão ser as mensagens mais vulgares e que banalizam tal serviço. Chega a ser tão banal e ao mesmo tempo tão habitual que quando não aparecem no visor do telemóvel é porque algo se passa, e ficar-se sem os tarifários de mensagens gratuitas e pagar 15 ou 20 cêntimos por cada uma é algo, nos dias que correm, impensável.
No ano passado, enviaram-se quase 8 biliões de SMS e este ano deveremos chegar perto dos 10 biliões, a um ritmo global que ronda os 6 mil milhões de mensagens enviadas por dia.
Isto acontece, não só pelo comodismo, mas também porque uma mensagem, ao contrário de uma conversa de voz, pode ser enviada em qualquer lado sem se fazer barulho e sem ninguém dar conta.

Há 20 anos atrás se a primeira mensagem tivesse sido portuguesa o texto seria «liga-me, estou sem saldo». 

E se de repente, o mundo das SMS gratuitas terminasse?

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