segunda-feira, 27 de maio de 2013

Emoções positivas fazem bem à saúde

É comum ouvir dizer que “coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos”, mas será mesmo assim? Estudos recentes nas áreas da psicologia e neurologia demonstram que as emoções positivas têm um forte impacto na saúde. Alguns estudos apontam mesmo para a redução do risco de doenças cardiovasculares, como a hipertensão e o colesterol elevado.

A produção de oxitocina, conhecida como a hormona do amor e da felicidade, juntamente com a serotonina actuam sobre o organismo, deixando a pessoa mais feliz e menos propensa a patologias como a depressão e problemas cardiovasculares.

A gratidão, a generosidade ou a solidariedade, por exemplo, quando se ajuda alguém ou se integra um programa de voluntariado, fazem bem não só ao espírito como ao corpo. Além de fortalecerem o sistema imunitário, são ainda um poderoso antídoto contra a dor e o stresse.

Tudo acontece muito rapidamente: Cada pensamento gera uma emoção, essa emoção produz uma reacção bioquímica, que se manifesta no corpo, atuando de forma benéfica. Resultado o sistema nervoso, gástrico e todo o organismo agradecem.

Estima-se que as pessoas que cultivam emoções positivas têm menos 50% risco de contrair doenças.

Compreende-se agora que o bem-estar psicológico e emocional fazem parte de um estilo de vida saudável.

Como define a Organização Mundial da Saúde, o conceito de saúde é: "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de doença".

terça-feira, 14 de maio de 2013

Entre a vida e a morte

E se um dia, numa altura fulcral da nossa vida nos dessem um segundo apenas para escolher entre a vida e a morte? Se não houvesse tempo para pensar no certo e errado, no bem e no mal, no melhor e no pior, no amor e no ódio, na vida e na morte? Se num piscar de olhos o mundo avançasse mais rápido do que é suposto e não houvesse tempo para pensar em nada, o que faríamos?Por mais que tente parar, enquanto há tempo, e pensar, as respostas falham-me no meio das mil e uma questões que se amontoam. Tanta pergunta se resposta, tanto pensamento, tantos sentimentos. 

O cérebro paralisa. 

Foi assim que te sentiste, com uma criança ainda por nascer dentro de ti e teres de escolher no último segundo entre a vida e a morte de um, depois do esforço e do cansaço de uma noite de tentativas de parto. 
A angústia, o desespero, o medo da vida e da morte, o pânico, o pavor, o ódio pela falta de respostas e o amor por um coração que bate lá dentro e quer sair para te ver sorrir ainda! 

Coragem. 

Faz parte do teu nome, sem qualquer sombra de dúvida cada inspiração tua traz coragem e cada expiração faz de ti mais guerreira. 

Entre a vida e a morte escolheste a vida: dos dois!

Por mais que te puxassem para o outro lado, o amor de uma vida puxava-te para um coração exaltante por ter nos braços o primeiro filho. 
Não me lembro, mas gostava de o fazer; de me lembrar do teu primeiro sorriso para mim, tal como me lembro da conversa que já tivemos sobre eu vir ao mundo. Tão desejado e tão amaldiçoado. 
No fundo tu sabias, eu ia nascer guerreira como tu, querias isso por mais que a vida te custasse, tu querias ensinar-me, mesmo quando ainda só ouvias o bater do meu coração, que há que lutar por tudo aquilo que mais queremos, com que sonhamos e que mais amamos independentemente das mil vezes que temos de cair e das provas todas que temos de superar. 

Amor.

No céu as estrelas mais brilhantes acompanham-nos e olham-nos lá de cima: a nossa maior força; na terra somos acompanhadas desde o primeiro segundo em que quiseste mostrar a tua força pelas pessoas que mais nos amam mesmo quando estamos a morrer e nos agarram a mão quando já estamos moribundas e senti-mos: eu consigo outra vez. 

- A ti, minha força da Natureza, que sempre te vi lutar e que sempre me ensinaste a ir à guerra desde sempre, Mãe: Obrigado

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Massagem: a importância do toque


A massagem é uma das formas mais antigas de terapia manual paliativa. O toque terapêutico e pequenas pressões são importantes não somente para os adultos, mas também para o desenvolvimento saudável dos lactentes e das crianças. 


 A massagem terapêutica é uma massagem realizada apenas com o recurso à utilização das mãos do terapeuta, excluindo todo e qualquer tipo de máquina ou aparelho. É uma terapia que actua ao nível do sistema músculo-esquelético do corpo, concentrando-se principalmente na coluna e nos seus efeitos sobre o sistema nervoso.

Vera Mascarenhas, terapeuta, passou pelo programa Viva Saúde da RTP África para dar o seu contributo sobre a importância da massagem na vida de uma pessoa. A massagem é uma forma excelente para relaxar o corpo e a mente e proporcionar alívio para o stress e tensões diárias, bem como para aliviar dores e tensões musculares diversas. Também ajuda a restaurar a sensação de calma e equilíbrio após qualquer choque ou trauma. Para a terapeuta a massagem «é tudo o que conseguimos fazer com as mãos no corpo», sendo algo que nos alivia na dor e tensão.
A massagem terapêutica tem inúmeras variedades que tratam determinados problemas. Os benefícios da massagem terapêutica podem ser a nível dos músculos, dos ossos, do sistema nervoso, da pele, do sistema circulatório e linfático, entre outros. São inúmeros os problemas que se conseguem resolver com a massagem, desde problemas os musculares até aos emocionais, depressões e até problemas gástricos, contudo Vera sublinha que na medicina chinesa «não há doenças, mas desequilíbrios e que a massagem é método auxiliar para consertar os desequilíbrios».

O toque terapêutico e pequenas pressões são importantes não somente para os adultos, mas também para o desenvolvimento saudável dos lactentes e das crianças.
«O toque é muito importante e é fundamental entre terapeuta e paciente», acentua terapeuta. A nível abdominal o toque faz toda a diferença, tem que se saber onde tocar e como, mas o alivio é quase imediato.
Em qualquer área da saúde há vantagens e desvantagens e a massagem terapêutica não foge à regra, «mas são mais as vantagens», segundo a terapeuta. Contudo em algumas pessoas com doenças crónicas é preciso realizar a massagem de forma cuidada, «não se realiza uma massagem terapêutica a uma criança, um adulto e um idoso». A massagem é importante até em crianças, e é fundamental ensinar aos pais essa importância para que a criança adquira esse conhecimento desde cedo. As crianças são mais receptíveis que os adultos, ainda que sejam os primeiros a ficarem doentes.
A massagem é fundamental, uma ou duas vezes por mês é fundamental, seja uma massagem de relaxamento ou terapêutica, ainda que a preferencial seja a terapêutica, visto que a massagem de relaxamento são apenas «festinhas» e não activam a circulação sanguínea.

A massagem terapêutica «limpa» a pessoa e o «poder da mão muda tudo», de acordo com a terapeuta.
A massagem tem impacto no nosso estado emocional e o «primeiro toque vai alterar o nosso estado de espírito», porque a pele é um órgão sensorial.

Este tipo de massagem pode complementar-se com acupunctura e a fitoterapia.

terça-feira, 26 de março de 2013

Blogues de moda ou calúnias e futilidades?

Há um mundo à parte na Internet  um mundo que se abre a cada clique, um mundo que está a ser ‘atacado’ pela epidemia dos blogues, e se antes ser blogger significava ter um espaço de livre pensamento onde se debitavam palavras que ficavam presas dentro de cada um, agora, nos dias de hoje, em pleno século XXI, ano de 2013, ser blogger é ter um blogue de moda.

Quando comecei a escrever um blogue, com os meus 16/17 anos, fi-lo com intenção de partilhar com o mundo, mesmo que o mundo não estivesse interessado, os meus míseros textos que mesmo sem qualquer significado: eram meus e criei um espaço onde os ter ‘arrumados’.

Hoje quando acedo às páginas de agregação de blogues, perderam-se os de escrita, os blogues pessoais que mostravam as pessoas e onde se arrumavam ideias até os blogues de fãs estão a desaparecer, agora arrumam moda, looks, sapatos, cabelos e afins.

Se alguém se atirar de uma ponte, vamos fazer disso moda e atirar-nos todos? Há modas e modas, umas que sobrevivem mais que outras, mas esta da epidemia de meninas e meninos bem vestidos a fazerem de conta que são classe alta e que têm conta bancária recheada é exageradamente desagradável, visto que muitos apenas querem estar na boca do mundo, estar in, aparecerem aqui e ali, fazerem de conta que são mais que outros, quando na verdade são menos. Enchem o armário de peças que depois de usarem uma ou duas vezes para fazer um ‘outfit’ põe-na à venda e há quem as compre, mas nunca chegam é a ver a peça chegar a casa.

Além disto, há neste grupo de bloggers uma coisa que me faz realmente confusão: porque é que há grupos e mais grupos nas redes sociais onde conversam, encontros para ver quem tem a melhor fatiota e está mais na moda dos USA, e no entanto, há todo um conjunto de intrigas e mexericos nestes amiguinhos que tanto querem estar in. Ora não se poderia usar o cérebro para fazer algo melhor do que ter um blogue de moda? Há um mundo tão vasto lá fora, mas continuam todos a querer ser fotocópias uns dos outros, depois ainda há os que ficam admirados quando os intitulam de ‘fúteis’, ora grande são os estilistas e designers que criam e recriam colecções a cada estação, não este tipo de indivíduos que se acha o máximo e que pensa que são donos e senhores da moda.

Não é uma nova cultura ou ideal de blogues que chegou, é uma nova mentalidade, boa ou má, que se está a dividir a blogosfera e pior, a fazer com que os bloggers de moda se achem donos e senhor do mundo da Internet menosprezando e passando por cima de outros escritores de espaços abertos na internet.


- Não estou com isto  a menosprezar os blogues de moda, mas acho que para ser o ‘cool’ da blogosfera não se tem de ter um blogue de moda e fazer de conta que temos as melhores marcas e que percebemos de moda. A moda é um conceito abstracto e que depende da cultura, educação e personalidade de cada um.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

«Grândola, Vila Morena» está na moda


«Grândola, Vila Morena» está na moda! Depois de ter sido o hino da Revolução dos Cravos a 25 de Abril de 1974, a canção nunca saiu de moda e parece ganhar agora novo folgo. Será o motivo principal a crise europeia? Talvez, mas a verdade é que há para todos os gostos.

Ora vejam...

A versão do Zeca (original):


Versão de Amália Rodrigues (Fado):


Versão rock:


Versão  Pop/world music de Sara Tavares:

Versão espanhola:



Agora é só escolher a que mais agrada.


sábado, 12 de janeiro de 2013

Cegueira integral da alma

O despertador toca, eu refugio-me nos lençóis de flanela, não me apetece sair, não me apetece enfrentar o nevoeiro nem o frio das manhãs de Inverno que me deixam ainda mais sonolenta. 
O despertador toca: atiro-o! Desprezo-o por completo. Até que tenho de me erguer no meio da escuridão do meu quarto, como um anjo que se levanta no meio das trevas já quase derrotado. 
Ponho um pé, depois o outro. Lavo a cara, saio de casa. 

(Merda não tenho as asas que me podiam ajudar a aprumar.) 

Tento abster-me, desistir, prefiro ficar, mas no último momento em que tento ignorar o mundo e voltar para a minha sinistra realidade em que sou mais do que consigo, o despertador toca só mais uma vez e sou coagida a ir. 

Inicío mais uma viagem

O milagre acontece: saio de casa. O frio congela-me as pálpebras, sinto-me cega pelo caminho todo que tenho de percorrer, provavelmente terei uma doença rara, ou pelo menos pouco homologada por parte de quem a vive; uma cegueira visual que vai para além da miopia e do estigmatismo, que vai alem do cérebro, embargando o meu coração, esse meu pobre coração. Cegueira integral da alma
As pálpebras não obedecem ao pensamento, o coração não acompanha a respiração, ainda respiro eu? Talvez não, mas movo-me. Vagueio. Movo-me como fantasma no seu funeral que não consegue decifrar o porquê de todos o tentarem empunhar e de ninguém conseguir cessar de gemer por si, sobre o seu corpo.
Então saio desfigurada como esse fantasma; confusa por uma rua que me seria vulgar, mas que nada me diz, não conheço, desconheço, não sinto, melindro; caminho sem fim, invado-me do mundo por ruas sem fins, sem vista, sem mim, sem o reconhecimento da vida, coma parcial da vida, a cegueira integral da alma. 

Sou como quem respira e não sabe para o que vivo. 
Sou como quem tenta exprimir e não consegue. 
Sou como quem quer sentir e não deixam. 
Sou como quem quer voar e nunca teve asas, nunca o fez, mas sempre o desejou… em vão. 

 Não sinto, não conheço, não vivo.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Chamadas de valor acrescentado pagam ordenados

2013 é um ano confuso e complicado para os televisões nacionais, quer sejam privadas ou publicas ou que passem de publicas a privadas. A crise que o país atravessa deixa cada vez mais a desejar ao serviço público, aos programas de entretenimento, às séries e a toda uma pobre programação que os canais de Portugal tentam dar ao seu público. 

A informação é monopolizada, chegamos à parte em que ou se diz o que os grandes senhores donos de Portugal e das estações querem ou « a porta da casa é a serventia da rua» e há quem precise de trabalho, sim trabalho! Porque um emprego tem contrato e regalias em vez de recibos verdes e pagamentos pela «porta do cavalo» onde se foge à segurança social e ao fisco e quando se põe «o pé na argola» lá se fica sem trabalho. 
As redacções estão cheias de estagiários, não remunerados e/ou pessimamente pagos, os programas que estavam no ar em 2012 podem não vir a estar no ar este ano, os jornalistas não sabem o futuro, os investidores sabem que não financiam mais porque primeiro estão as suas empresas e a sua boa vida, pois quando o rabo está apertado à que fugir à pressa. 
Então qual a solução para que as estações televisivas, os jornais e toda a comunicação social continue a produzir, como pagar aos funcionários? É fácil, é simples, e pouca gente nota: as chamadas telefónicas de valor acrescentado são a solução. 
Quando se vota no concorrente de um concurso em qualquer programa o valor que sai do saldo do nosso telemóvel vai para os bolsos dos outros. 
Ora se ligássemos para a SIC na altura em que «davam» carros, o valor da chamada servia não só para pagar os carros mas ainda para os subsídios dos funcionários da estação. Mas se votássemos na Casa dos Segredos da TVI o valor da chamada fazia parte do prémio do grande vencedor, do dinheiro amealhado ao descobrirem os segredos dos outros concorrentes e ainda dava ordenado à Teresa Guilherme e ao resto da equipa… com jeitinho ainda dava para pagar outros ordenados que nada tinham a ver com o programa. 
É este o desenho de um país afundado, é a crise e as aldrabices dos senhores que mandam e desmandam em Portugal e no que dizemos. Na escola aprendemos que a censura condicionou a cultura nacional e que falta de liberdade de expressão limitou o pensamento português, mas isso não acabou tudo em 1974 com a Revolução dos Cravos? Parece que não, afinal como se diz em inglês «a penny for your thoughts», ou seja, cada pensamento tem um valor e é esse valor que tentam na actualidade injectar nas contas de todos os que os querem libertar. 

«Ganhe um carro para nós calarmos o mundo» será este o próximo slogan de uma das nossas estações? Continuaram elas a «leiloar» carros enquanto enchem os bolsos que pagam aos funcionários e que calam o mundo? E que mundo é este que se deixa subornar?

É o mundo da crise em que só sobrevive quem tem dinheiro, e esse só os grandes senhores, com os grandes esquemas, conseguem governar.

Desabafos

Ás vezes é mais complicado do que se pensa querer dizer algo quando sabemos que não é bem recebido, quando supomos as reacções e sabemos que meia-dúzia de frases vão ser desprezadas e que cada palavra será ignorada por simples teimosia e rancor ainda guardados. Noutros tempos não era assim, e o mal poderá ter sido o tempo passar demasiado depressa sem que se pudesse parar pelo menos umas horas para que alguém ou algo se perceba. Outras vezes é por o tempo andar tão devagar que não consegui-mos alcançar o que queremos por mais que a gente corra. Faz parte daquilo a que chamam Vida não será? Andar a velocidade que o tempo quer. 
Vida: jogo das escondidas com o tempo e com os sentimentos. Encontras melhor definição? Eu não.
E talvez não encontre porque cada vez me parece mais óbvio que nos deixamos controlar por ela em vez de sermos nós a controla-la, ou até porque passado tanto tempo (e a palavra tanto pode apenas ser um eufemismo ou então muito mais que isso dependendo da perspectiva que cada um de nós decide escolher, provavelmente a tua não será a mesma que a minha). 
Mas o que se pode fazer se não deixar-mos que as coisas continuem avançando com a corrente que o mar nos traz; umas vezes as coisas aproximam-se, outras afastam-se; umas vezes queremos nadar até ao fim, mas a corrente não deixa, outras queremos estar estagnados e a corrente leva-nos para um rumo desconhecido. 
“Andamos ao sabor do vento”, como diria a minha avó se eu lhe mostrasse o texto. Eu ando mais ao sabor da chuva, das marés, sou Peixes e provavelmente isso diz tudo. Não sou do tipo de ficar sentada, mas também me canso rapidamente, não desisto, mas também não luto sozinha, não acredito em contos de fadas, mas ainda acredito que os grandes e verdadeiros amores que nascem do fundo do coração…podem vencer. 


 Basta um sorriso, um olhar.